Episode 1:The Morning After, The Night Before introdução-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
7h 27 min+
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Já era noite há algum tempo. Eu sei que era noite, e aliás, o que eu sei, irei contar aqui, pelos detalhes que eu ouvi por ai, de um e de outro. Na verdade eu ouço bastante, de muitas pessoas diferentes, no final da noite eu consigo formar uma história rica, tal como essa que eu vou contar agora.
Foi pro volta das sete e meia, pelo que me disse uma das minhas informantes, dentro do Seattle Grace,
Javier e
Anne voltavam de uma cirurgia horrível com aquela mulher severa.. Verônica! Dr. Verônica Smith. Sim, estavam cansados, pobre coitados, dois enfermeiros jovens deveriam aproveitar mais a vida. Eles não o faziam, mas
Alicia sim.
––– Olha só pra ela, diz “trabalhos orais por uma ventriculoperitoneal..” – Foi o que Anne disse ao ver Alicia passar por eles, como de costume referindo-se aos fartos.. talentos da interna.
––– Eu aceitaria, se pudesse.. – Javier tentava usar do seu bom humor, mesmo quando Anne o saturasse com suas criticas às doutoras do SGH.
Alicia se sentia o máximo quando era lembrada da sua beleza rara. Tanto que as piadinhas e alfinetadas de Anne surtia efeito contrário, alimentava seu ego. Ela chegou a me confessar uma vez, o dr. Peterson, sim, esse mesmo, atendente de ortopedia, havia lhe oferecido uma cirurgia por.. uma noite de companhia agradável. Se me perguntarem, eu nunca te disse isso.
George tava tão feliz, eu me alegro com a felicidade desse menino! Ele pode não ser o príncipe encantado, mas era um bom rapaz. E tinha conseguido refazer seu teste, ele poderia mesmo ser um residente! Um ponto, o que é um ponto? Ele era o cara, o interno do chefe! Ele poderia passar nessa prova.
––– Eu vou passar! Eu, eu - ele falava meio sozinho, meio para
Lexie que estava sentada na cama batendo palmas enquanto George andava de um lado pro outro.
- Eu vou ser residente, ai meu Deus, eu tenho que estudar.. - constatou por fim. ––– Não seja por isso! Pegue os livros, eu vou buscar o café, nós temos uma longa noite! - Lexie se levantou e saiu rumo a cozinha.
Ele sorriu, daquela forma dele, meio bobo, enquanto buscava os livros e arrumava a mesa.
--- Alex.. – disse Izzie interrompendo o beijo e se afastando com calma.
Alex Karev a olhou, aqueles olhos de campeão – lindos por sinal. - brilhavam vermelhos, com tanta coisa que havia acontecido nos últimos dias.. Ah, esse menino sofria tanto. Ele continuava a segurar a mão de
Izzie mesmo com ela se levantando.
--- Nós não podemos.. Alex. Karev engoliu a seco mais uma vez e olhou para o vazio secando as lágrimas. Deu um suspiro longo e olhou novamente para a mulher.
--- Izzie... Fica comigo essa noite, só essa noite.. - sussurrou ele.
Izzie poderia ter negado, mas Era Alex, Alex Karev que estava ali lhe pedindo pra ficar com ele aquela noite, ela devia isso a ele, e queria isso tanto quanto ele. No entanto, sem dizer nada sentou-se encostando-se na cabaceira da cama e o puxou, encostando a cabeça dele em seu peito.
--- Eu.. não vou a lugar nenhum.. Do outro lado do Seattle Grace,
Dean e
Steve andavam lado a lado procurando por Adriana, que não atendia os chamados do Pager. Os mocinhos sabiam que ela estava no hospital, mesmo já tendo excedido suas horas de trabalho, pobre
Drica, se cobrava demais, mal tinha tempo para viver a vida longe do SGH. Por sorte tinha amigos tão bons quanto aqueles.
––– Drica! Por aquela aura rosa que te rodeia menina, onde você se enfiou. – Steve e sua forma enfática de falar acordaram a pobre menina que dormia sobre um livro. Ai coitadinha.
––– Acorda, o ER vai encher.. Dr. Smith te mata se te pegar dormindo, vamos lá, temos vidas a salvar. – Dean e seu jeitinho de acordar mulheres, será que ninguém tirou o cinto de castidade desse menino não?
––– Só mais cinco minutinhos mamãe. - até que acordou.
––– Ai minha virgem..A menina mal teve tempo de se levantar e já tinha saído correndo porta a fora, arrumando o jaleco amassado e jogando os livros pra cima.
No estacionamento, no entanto as coisas não iam bem. E algum dia já foram? Por que, que eu me lembre, aquela entrada do E.R nunca foi um agito em si, tirando as sirenes das ambulâncias, não tinha nada de VIBE ali. Sempre chegavam noticias ruins,
coisas ruins, e olha que nem sempre elas vem em quatro rodas.
Como naquela noite, que
Jason esperava uma ambulancia do lado de fora. Sozinho, pra variar. Ele vivia sendo o primeiro a chegar, isso fazia dele o interno com os melhores casos.
- Esperando a miss sirene? - Perguntou Evan se juntando ao
amigo. Mas por sorte, em relações de amor e ódio como aquela lá - eu digo isso por que eu sei o que a
Evan é capaz, fiquei sabendo de babados fortíssimos sobre ela que mais tarde eu conto. - Jason era muito pacato, e não costumava replicar as implicâncias dela.
Logo as luzes vermelhas apontaram, e adivinhe? Não era uma, eram quatro! Surpreeeesa! O interno arregalou os olhos, ele esperava somente um carro..
––– Ôow, shit. - falou baixinho.
- Evan, bipa a dr.Smith, a coisa vai ficar feia aqui! - apressou-se ele tentando alcançar o bipe por debaixo da proteção. ––– Eu não, bipa você, ela acabou de sair do plantão, quer morrer, morra sozinho. Jason ignorou-a e olhou o movimento às suas costas enquanto os outros carros chegavam.
Steve,
Dean e
Drica chegaram, por sorte, ajudando-os a descarregar a maca.
––– Dê espaço pra passar! São convulsões! – os olhos curiosos dos internos se arregalaram.
––– Lindsay Mcklein, 16 anos. 72% do corpo queimado! Pressão 40/5o e contorções nos membros inferiores. - berrava
Blake descendo com a maca e correndo na direção da entrada do ER. Havia uma menina deitada, praticamente irreconhecível. Dean foi na direção da menina na maca.
––– Nem sonhando Dean. -
Alicia apareceu do nada pegando a maca da mão do Dean, aquela lá não perde a oportunidade de uma cirurgia.
––– O que tá acontecendo aqui? -
Yang apareceu por trás dos internos.
––– Saiam dá frente, eu não quero nem um pio de interno aqui sem que EU diga que vocês podem falar. - E saiu na direção da maca da menina. Logo em seguida as outras três macas foram chegando. A seu ver, Yang estava no paraíso cirúrgico.
––– Hastin Basu, vinte e sete anos, perfuração torácica, 3% do corpo queimado, membros inferiores esmagados, inconsciente! - o segundo paramédico trazia em uma maca o corpo de um bombeiro praticamente sem vida. Na mesma ambulância que ele, tinha outra maca, com um garoto.
––– Dylan Mcklein, nove anos, traumatismo craniano! Lesões na parte superior dos membros. Yang corria de uma maca para outra.
––– Você e você, - apontou para Dean e Drica.
––– ficam com a menina queimada, bipem Dr. Sloan! - Corria para o outro lado.
––– Você e você! - apontou para Jason e Evan.
––– ficam com o menino, bipem a Dr. Leigh! - ordenou.
––– Você e você, - apontou para Alicia e Steve.
––– Ficam com o bombeiro, bipem a Dr.Hahn! --- Ela acabou de sair, vou chamá-la! - disse Alicia correndo na direção oposta, rumo a parte frontal do estacionamento.
As outras duas ambulancias chegaram simultaneamente,
Hannah desceu de uma delas com uma maca onde uma mulher berrava histericamente.
––– ELA É AMALDIÇOADA, UM DEMONIO! - berrava a mulher enquanto Hannah tentava dizer o que se passava com ela.
––– AMALDIÇOADA! DEMÔNIO! - berrava insistentemente sem tempo para respirar, enquanto se debatia na maca.
--- Amanda Mcklein, 38 anos! Queimaduras leves pelo corpo e de terceiro grau nos braços. síndrome pós-concussional! -- Hannah tentava fazer sua voz soar mais alta que os gritos da mãe dos dois meninos.
––– O incêndio destuiu a casa deles, a policia acha que foi provocado por um deles.. ––– Ross Mcklein, 40 anos! Fratura exposta no braço esquerdo, queimaduras de segundo e terceiro grau nos braços e pernas, está instável. – disse o outro paramédico trazendo outra maca com um homem deitado, acordado mas aparentemente atônito.
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E o McSteamy? Após ter saído da entrada do Seattle Grace, deixando a quebra-ossos e a cardio-deusa sozinhas,
Mark Sloan veio ao bar, ao meu bar, eu vi tudo de perto, não posso negar que fiquei intrigado com que vi, eu nunca, em toda minha vida iria ligar os dois casos, mas pareciam tão.. óbvios? Ele entrou, com aquele corpo musculoso atravessando a porta quase simultâneo ao semblante cansado porém firme da outra doutora.
––– E ai Joe! O de sempre , duplo! - disse ela.
––– Hey Joe! O de sempre, duplo! - disse ele.
Eu os olhei, eles se olharam. E lá estavam,
Veronica Smith e
Mark Sloan as duas pessoas mais azaradas amorosamente falando. Tive de abafar uma risadinha com a forma que Veronica olhou pra ele, ah eu tive. Como se o Mark tivesse brotado do nada ali do lado dela. E ele, a olhava da mesma forma.
––– Dias ruins? - eu não tive como evitar a pergunta antes de servir os dois e sair dai, pra ficar em um ponto estratégico.
––– Whisky, e você? - perguntou McSteamy com toda graça que um dia cansativo poderia lhe conceder.
––– Suco de laranja. - respondeu ela levantando o copo.
––– Tão iguais e tão diferentes, diria que nascemos um pro outro. - ele brincou com sua infelicidade e desanimo.
––– Com exceção que eu não dormi com metade do hospital, sim. - ela replicou.
––– Eu não dormi com mais da metade do hospital! - treplicou ele sem entender o tom de ironia, pelo que ele se lembrava, não tinha deixado de ligar pra ela no dia seguinte, aliás, não houve noite anterior com ela, aliás de onde veio aquela mulher que ele nunca tinha reparado nela?!
––– Você não dormiu comigo. - Deu uma olhara pra ele enquanto pegava seu casaco sobre o balcão e olhava seu bipe que chamava. Ergueu as sobrancelhas pra ele e o deixou lá sentado, mas antes de sair..
---- E nem vai. - e piscou pra ele.
Ele levou alguns segundos pra perceber que seu bipe havia chamado também. Jogou uma nota sobre o balcão.
––– Hey! Pera ai! - e saiu junto com Veronica pra atender o chamado do hospital.
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Enquanto isso, o pobre do psiquiatra que não controla nem
sua mente, que dirá a dos outros,
Adam se afogava em um copo de vodka, ah, vodka é a solução pra todo o problema do mundo desde a guerra no Iraque - se o Bush bebesse como o Lula, não teríamos tanta guerra - aos problemas de desilusão amorosa.
––– Danm Dam! Veronica não é a ultima mulher do mundo não, sabia? - Sabia mulher,
Geena, era a única que ele ouvia.
-- Aliás, ela pode não ser, mas você é o perdedor que tá chorando pelos cantos, erga essa bunda dai e venha, vou te dar um motivo pra chorar quando arrasar com você nos dardos! ––– Existem amigos e inimigos. - disse ele finalizando o drinque.
- Pra que eu preciso dos dois se eu tenho você, não é mesmo? - brincou levantando-se e seguindo a menina.
––– Prepare-se pra tomar a maior surra da sua vida!